
O Atltico – grafado pelos jornais como “Atlético” – teve 13 anos de história e dois títulos: Taa Bueno Brando (em homenagem ao governador Jlio Bueno Brando), em 1914, e Campeonato Mineiro (da Cidade), em 1915.
O clube mais forte de Belo Horizonte foi o Amrica, que disparou na hegemonia do título: 1916, 1917, 1918, 1919 e 1920 (ampliou a série até atingir a década de 1925).
Alvinegro entrou em campo com Walter; Furtado e Alvim; Fernando, Eduardo e Coutinho; Hernani, Zica, Amaral, Minoti e Mrcio.
O evento, no estádio Prado Mineiro, fez parte de um festival promovido pela Associação Mineira do Chronistas Desportivos (AMCD) e conquistou a medalha de ouro para o vencedor.
Na véspera dos jogos, o jornal destacou que “As partidas prometiam maior brilho, dadas as forças em conflito”. Na edição da terça-feira, 19 de abril, foi publicado um extenso relato do jogo (leia toda a seção abaixo):
Palestra x Atletismo
O primeiro jogo da tarde teve lugar entre a nova federação SS Palestra Italia e o veterano Athletico FC
Esta partida, cujo resultado despertou interesse e curiosidade geral, terminou com brilhante vitória do Palestra pelo placar de 3 a 0.
Começou pelas 14h00 e 18h00, com a entrada em campo, por ordem do árbitro Alexanor Pereira (da Amrica), as equipas assim organizadas:
Atlético
Walter, Furtado, Alvim, Fernando, Eduardo, Coutinho, Hernani, Zica, Amaral, Minoti e Marcio
Palestra
Scarpelli, Ticio, Polenta, Chechini, Américo, Kalin, Lino, Spartaco, Nani, Attilio e Henriqueto.
Dado o apito inicial, o Palestra passou a atacar de imediato, realizando ataques perigosos à baliza de Walter, numa das partidas, aos dois minutos de jogo, o Attilio conseguiu o primeiro ponto para os palestrinos.
D’ahi o jogo continua por um longo tempo sem interesse, mas sempre dominando a Palestra contra os atletas, que raramente avançam, ficando infelizes nas boas jogadas.
A’s 2 e 17 é um avançado perigoso do Athletico, mas sem efeito.
Vinte minutos depois, Attilio, que havia se destacado extraordinariamente, fez o segundo gol pelo seu time.
E o jogo continua sempre com uma certa superioridade da Palestra, até o final do primeiro tempo, aos 2 e 41.
Depois de iniciada a 2ª parte, não há movimentos promissores por parte do Atlético, cuja linha de ataque era medíocre, com uma ou outra exceção.
E a doze minutos do final do jogo, Nani que mais uma vez empurra o gol de Walter, encerrando a importante corrida com a merecida vitória do Palestra por 3 a 0.
Os jogadores – o juiz
Todos os jogadores do clube vencedor mostraram-se duros e resistentes, carecendo de um pouco de técnica. Sem dúvida, valeu a pena destacar que Attilio, que foi o melhor jogador, mostrou raro esforço e habilidade. Nani também se destacou.
Quanto ao Atlético, foram pontos fracos. Furtado, Fernando e Coutinho se destacaram, porém, na defesa, e a linha pouco fez. Talvez você receba referências de Zica, Amaral e Hernani.
Rivalidade
O segundo confronto entre Palestra e Atltico, em 15 de maio de 1921, terminou com vitória por 2 a 1 para o Alvinegra. A partir daí, os clubes se enfrentaram até estabelecer a principal rivalidade mineira na década de 1940.
O Atlântico leva vantagem nos títulos estaduais (45 a 38) e também no clássico retrospecto – 207 vitórias, 137 empates e 170 derrotas, segundo os próprios números.
Neste domingo, a partir das 16h, as equipes escrevem mais um capítulo dessa história sem fim, em compromisso no Mineiro, pela nona rodada da primeira fase do Mineiro 2021.
Com apoio financeiro de conselheiros bilionários, o Atltico investiu em reforços pesados, como o meio-campista Nacho Fernndez e o atacante Hulk, e é considerado um dos favoritos.
Por sua vez, o Cruzeiro tenta construir uma identidade de jogo no estado para lutar pelo seu principal objetivo em 2021: estar entre os quatro primeiros da Série B e retornar à elite do brasileiro.